terça-feira, 20 de agosto de 2019

Minha Escolha!

Prefácio: Saudação. Fiquei um tempo (!?) sem escrever nada, pois o universo me levou a realizar mais que registrar. Mas agora creio que passarei a postar novas mensagens, sempre dispostos a não julgar e a dialogar. Amar sempre, é o melhor caminho. Paz, Amor e Harmonia. Que assim seja!


MINHA ESCOLHA

Muitas vezes quando alguém faz algo para nós que NÃO nos AGRADA ou nos PREJUDICA (assim acreditamos!), costumamos atribuir-lhes uma RESPONSABILIDADE, uma PENALIDADE, uma CULPA! Culpa esta que RESPONSABILIZA o OUTRO por algo que nos afeta NEGATIVAMENTE. Esta condição de 'CULPADOR' geralmente nos coloca numa posição de advogado (quando ACUSAMOS o outro de nos fazer mal); de juiz (quando os SENTENCIAMOS  como 'culpados'), legislador (quando decidimos a PENALIDADE a ser aplicada na situação) e de cárcere (quando EXECUTAMOS a penalidade por nós criada).

- Sái! Some! Desaparece! Vem pro meu lugar! Sofre! Arrepende-te! Vai para... ... ...  MORRE! poderiam ser afirmações feitas por alguém que costuma culpar as outras pessoas. 

A situação se agrava quando a pessoa acusada, julgada e condenada (e executada!) é senão aquela que nos veste por dentro e por fora todos os dias: NÓS MESMOS! Quando culpamos O OUTRO, por pior que seja a situação, cabe a outra pessoa se RECONHECER como culpada ou não. Assim, o estado de espírito alheio não depende diretamente de nossa CÔRTE MORAL. Porém quando culpamos a NÓS MESMOS, significa que já aceitamos a situação de culpado e, portanto, passível de penalidade (culpa e reparação pela culpa).

- Eu não consigo! Eu não tenho jeito! Eu sou um desgraçado! Eu não sou digno! Eu não mereço! São afirmações que poderiam ser feitas por alguém que se culpa.

A questão não pára por aí, não! Como a mente é propícia às mais variadas figurações, o CULPADOR pode ainda se colocar numa posição de vítima, como se os outros (ou a sua própria natureza culpadora) imperasse diante de sua tentativa de fazer o que deveria ser feito. Assim, pode fazer questões como as seguintes:

- Por que fazem isso comigo? Por que ele/ela é assim comigo? O que eu fiz para merecer isto? (no caso de culpar os outros)
e:
- Por que eu sempre erro? Por que eu sou assim? Quando é que eu vou me orientar? (no caso de culpar a si mesmo)

No ápice do delírio malévolo do terrível Deus Pai, nos colocamos no LUGAR DE CRIADOR, saindo do lugar original de CRIATURA. Passamos assim a DECIDIR (conforme nosso crivo) quem é inocente e quem é culpado; quem é sábio e quem é tolo; quem é bom e quem não é... enfim quem deve viver e quem não deve.

O sentimento de culpa é tão poderoso que várias sociedades no decorrer da história 'institucionalizaram' a condição de 'culpabilidade' e o status de 'culpado', passível às mais variadas medidas e tratamentos. Mas este texto não tem como proposta entrar neste mérito!

A culpa está em essência ligada às baixas vibrações da existência, dando uma sensação de impotência, incapacidade e de PRISÃO, dialogando com a raiva ou a tristeza.

MAS O QUE O TUDO ISTO TEM A VER COM O TÍTULO DO TEXTO?
Bem, eu nem sei se serei capaz de fazer a relação que me motivou a sentar neste momento no computador para compartilhar este insight, mas vamos seguir! :)

Quando culpamos ALGUÉM, dizemos, entre outras coisas, que graças a ele/ela eu estou naquela condição indesejada. Em outras palavras, se não fosse por esta pessoa, eu estaria numa situação mais propícia para mim. Isto porém, me parece falso! Explico agora.

Tudo o que FAZEMOS é decisão NOSSA (seja a nível consciente, subconsciente, inconsciente ou espiritual) quer tenhamos consciência disto ou não. E tudo o que decidimos tem CONSEQUÊNCIAS (quer queiramos ou não!!!).

Exemplo: Quando eu passo por uma pessoa no meio da rua e 'decido' lhe dar bom dia, estou sujeito às consequências deste meu ato, que pode me agradar (caso a pessoa retribua, por exemplo) ou não (caso a pessoa ignore ou diga algo desagradável)

Indo além, por mais CAPAZ que uma pessoa possa ser, esta NÃO É CAPAZ de controlar ou decidir por outra. Quando temos esta impressão (de que decidimos por alguém), na verdade é a pessoa que se PERMITIU aderir às nossas sugestões, seduções, súplicas, imposições, ameaças... etc.

Assim, só nos resta nos voltar para NÓS MESMOS e desenvolver uma MAIOR CONSCIÊNCIA do que decidimos FAZER (ou não fazer!), podendo imaginar as possíveis CONSEQUÊNCIAS e estar sereno para não RESPONSABILIZAR O OUTRO por nada mais que fazer o mesmo que você: TOMAR A PRÓPRIA DECISÃO.

Dentro do aspecto de escolha cabem muitos outros aspectos a serem analizados além da culpabilidade, como causa e consequência, consciência e inconsciência, intenção e resultado, benefício/prejuízo aparente e efetivo... Mas o aspecto da culpa me parece o primeiro ponto a ser revisto no intuito de não ver os outros (ou a si mesmo) como agentes 'prejudicadores' de sua caminhada ou experiência de vida. Pelo contrário! Dependendo de como vejo uma situação, TUDO pode ser RUIM e/ou BOM; e todas as pessoas podem ser prejudiciais ou benéficas para minha experiência de vida.

Quando passei a pensar desta forma, minha maneira de ver a vida, as pessoas e as situações mudaram para melhor. Mais leveza, paz e equilíbrio. E com isso o amor que eu quiser emanar chega mais longe, pois não carrega a parcela da culpa que eu poderia criar.

APLICAÇÃO DO SENSO "MINHA ESCOLHA"

A) Quando uma situação tem um resultado que me agrada, eu penso comigo mesmo (posso falar também): "MINHA ESCOLHA". Isto me dá um reforço positivo de dever cumprido ou de proeza alcançada, e me faz mais feliz.

B) Quando uma situação tem um resultado que NÃO me AGRADA, eu penso "MINHA ESCOLHA!" da mesma forma (ou com mais convicção). Desta forma eu evito transferir culpa para alguém me lembrando que, antes deste fazer qualquer coisa para mim, eu fiz antes: eu fiz uma escolha que me levou àquele ponto.

Bb) Se fui eu que me desagradei, da mesma forma "MINHA ESCOLHA". Assim percebo que tudo o que acontece pode me servir de experiência e, quem sabe, de aprendizado. Penso que nada é em vão e que se por ventura eu acabei numa situação que não consigo tirar proveito, ao menos me resta o consolo de saber que, antes de tudo isto, foi minha escolha! eu fui livre para decidir por mim.


CONCLUSÃO
Assim, sem a consciência de ter cumprido o meu propósito de falar sobre o conceito 'minha escolha' (pois escolhi a não ficar revisando e revisando as postagens deste blog, na intenção de deixar o menos influenciado pela razão e pelo senso estético... deixar mais sincero, na verdade...), deixo como testemunho este próprio texto: entre as várias coisas que eu poderia ter feito nesta manhã, escolhi compartilhar este senso que guardo comigo já há algum tempo, tendo a sensação de realização (pois eu escolhi e realizei) e a condição de acolhimento pelas consequências desta minha escolha. :D

Felicidades!